Canudinho de plástico no Rio é proibido e a fiscalização começou
No comércio, quem for flagrado com o canudo de plástico é intimado a substituir em 60 dias. Se descumprir a lei, a multa pode chegar a R$ 6 mil.
O Rio de Janeiro é a primeira metrópole brasileira a adotar uma medida prática de combate a um pesadelo ambiental. A Vigilância Sanitária começou nesta quinta-feira (19) a verificar quem está seguindo a nova lei que proibiu o uso de canudos plásticos na cidade.
A luta contra os canudos plásticos inspirou várias campanhas na internet. "Estima-se que cerca de um bilhão de canudos são descartados todos os dias no mundo", diz Mateus Solano em uma delas. "Quando descartados no meio ambiente levam 450 anos para se decompor", fala Fabiana Karla. "E eles ficam, em média, cinco minutos na nossa boca", completa Nathalia Dill.
Dia de sol, calor e praia no Rio de Janeiro pede uma água de coco. E vem sempre com um canudinho junto. Só que o Rio de Janeiro se tornou a primeira capital do país a proibir canudos plásticos descartáveis em embalagens plásticas. Daqui para frente, só pode usar canudo de papel reciclado ou biodegradável, com embalagens feitas dos mesmos materiais. Ou seja, o prazer de tomar água de coco ou qualquer outra bebida segue igual: se quiser fazer com canudo tudo bem, desde que seja o canudo certo. E a natureza agradece.
A Vigilância Sanitária começou nesta quinta-feira (19) a fiscalizar os estabelecimentos que ainda utilizam canudos plásticos. Quem foi flagrado usando o canudo errado, foi intimado a substituir o produto no prazo de 60 dias. Para quem descumprir a lei, as multas podem chegar a R$ 6 mil.
“Hoje de manhã nós vistoriamos oito estabelecimentos. Três já conheciam a lei e já tinham retirado o produto do comércio”, disse Márcia Rolin, subsecretária de Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro.
Na areia da praia, a má fama do canudo de plástico já era conhecida. “Eu acho, cara, que é muito bom, porque não é só pra gente. Você joga essas paradas no mar e depois o peixe come, a gente come o peixe. No final, sobra pros peixes e sobra pra gente também”, disse o vendedor Rubens Gomes Silva.
O rapaz da caipirinha se entregou: “Às vezes jogo no chão, mas às vezes, na lixeira’.
Um restaurante nunca usou canudo plástico. Para a maioria dos clientes, tudo bem. “Eu não troquei, não fiz a substituição. Simplesmente exclui”, disse a cliente Natalia Oliveira.
Agora, quem quiser, tem a versão em inox. No mercado tem até canudo de vidro. Enquanto isso, na perseguição aos canudos ilegais, uma surpresa: num café, a mudança foi na quarta-feira (18): “Sumiram todos. Já foram embora”.
"A gente tem um copo. Então a gente usa o copo. Por que não se adaptar? E é fácil. Gente, é só um canudo", divertiu-se uma cliente ao ser questionada sobre a proibição.