Exame do cocô
Não e de hoje que sabemos que muitos tentam empurrar o exame de cocô para debaixo do tapete.
Um dado alarmante é o de que no brasil do câncer de intestino é o terceiro que mais mata, ficando atrás apenas dos tumores de mama e próstata. Geralmente a lesão cresce na surdina e nem costuma doer, muito menos em seu início.
O exame para se detectar indícios de câncer de intestino é um tipo especifico do famoso exame de fezes, aquele feito num potinho que a gente leva para casa e depois nunca mais devolve. Mas você pode perguntar: O que um problema no intestino tem a ver com fezes que devem ser depositadas num potinho? Bem, o fato é que o tumor provoca micro sangramentos. Ah, mas nem adianta ficar de olho no cocô! Você não encontrará marcas vermelhas de sangue vivo no vaso sanitário, como derramamento por uma hemorroida, por exemplo. O sangue desprendido dos tumores se esconde no meio pastoso das fezes. São pequenos coágulos, camuflados no marrom do cocô, escondendo casquinhas de sangue cor de bronze.
Nós brasileiros temos um costume muito peculiar: a espera de que algo cause dor para enfim procurarmos o médico. Mas você sabia que câncer não dói? Essa doença em geral provoca dor somente quando já está em uma fase em que cresceu e se espalhou tanto que, por vezes, já não pode ser mais revertida. Você entende o que isso significa?
Outro ponto que as pessoas desconhecem nessa história dramática: na maioria das vezes, é negligenciada e periodicidade com que se deve fazer o exame de fezes. Você sabe qual é a frequência ideal? PASME! Deveria ser feito todos os anos.
Uma pesquisa realizada em 2018 procurou investigar a taxa de adesão da população brasileira aos testes de fezes. Médicos do A. C. Camargo Câncer Center, em São Paulo, acompanharam 1500 indivíduos assintomáticos, entre homens e mulheres, na faixa etária entre 50 e 75 anos, que aceitaram fazer o rastreio do câncer colorretal, incluindo o famigerado teste do cocô no potinho. O resultado que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi que mais de 45 por cento dos pacientes nunca tiveram a menor curiosidade de volta para checar o resultado de seus exames.
Por outro lado, o que mais chama a atenção é que a culpa desse problema a respeito das causas do câncer de intestino tem sua origem em um grande vilão moderno: o estilo de vida. Por trás dos tumores de intestino estão a obesidade, o sedentarismo e a alimentação gordurosa, ou seja, fatores muito evidentes em uma adoecida sociedade contemporânea.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a faixa etária mais frequentemente acometida fica entre 40 e 85 anos, em 2018 no brasil, cerca de 17380 casos novos de câncer colorretal para o sexo masculino, sendo o terceiro tipo de câncer mais frequente e 18980 para as mulheres, sendo o tipo câncer mais frequente.
A pesquisa de sangue oculto nas fezes é importante pois pode detectar pequenas frações de sangue, difícil de ser visualizado e tem por objetivo ajudar no diagnóstico precoce de pequenos pólipos, mas ele não determina nem a causa do problema e nem o local do sangramento, não significando que um resultado positivo signifique que o paciente esteja com câncer, mas que poderá ter que realizar outros exames.
O rastreio regular do câncer colorretal, também conhecido como Screening, é uma das armas mais poderosas para prevenir esse tipo de câncer, realizado por meio da colonoscopia sob analgesia, um exame que consiste na visualização do interior do intestino grosso e da parte final do intestino delgado, com um aparelho chamado endoscópio, colonoscópio, um tubo flexível com uma câmera na extremidade para visualizar e gravar as lesões das paredes do intestino.
A chance de cura para o câncer de intestino tem aumentado substancialmente nos últimos anos. Podendo haver cura completa, dependendo do estágio e do tratamento utilizado, que vai desde a cirurgia local, passando por quimioterapia e terapia alvo, mais recentemente, podendo ser utilizada também a combinação entre os vários métodos.
Segundo Luiz Carlos de Lima Ferreira, doutor em patologia, atualmente professor da Universidade federal do amazonas e pesquisador da fundação de medicina tropical do amazonas em resposta à revista Vida e Saúde, o melhor conselho para as pessoas que acham desnecessário fazer o exame periódico de fezes é que o exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes é um procedimento não invasivo, inócuo, de baixo custo que deve ser realizado anualmente, apesar de não ser tão especifico. Entretanto, um método mais especifico com o rastreamento através da colonoscopia deve ser perseguido. A colonoscopia é recomendada a partir dos 50 anos para pessoas que não estão em risco aumentado de câncer colorretal. Existem várias opções de triagem disponíveis. As pessoas com maior risco, como aquelas com uma forte história familiar de câncer colorretal, podem se beneficiar ao iniciar a triagem em uma idade mais jovem.
FONTE: Revista Vida e Saúde, edição JUL 2018.
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