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Entenda o que é trombofilia e quais os riscos para as gestantes
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A trombofilia pode ser considerada como uma propensão a desenvolver uma trombose, que é o surgimento de coágulos sanguíneos em alguma parte do corpo. Também conhecida como hipercoagulabilidade, a doença pode se desenvolver em qualquer período da vida, mas é mais comum durante a gravidez, parto e pós-parto.

De acordo com o ginecologista e obstetra Elvio Floresti Junior, isso acontece devido a uma anomalia no sistema de coagulação do corpo e pode trazer riscos à saúde, sobretudo no caso das gestantes, que têm mais probabilidade de aborto espontâneo.

Causas da trombofilia

O especialista explica ainda que as trombofilias podem ser divididas entre hereditárias e adquiridas, sendo que no grupo das adquiridas, a síndrome antifosfolípide é a mais importante. Ela é caracterizada pela produção de anticorpos que interferem na coagulação sanguínea e, durante a gestação, pode levar à perda do bebê.

Na gestação existem maiores possibilidades de que as mulheres venham a desenvolver a trombofilia. Apesar de que os motivos não são todos conhecidos, sabe-se que o fator genético é um deles.

Além das alterações normais que acontecem no organismo da gestante, outro fator aumenta a possibilidade de se desenvolver a trombofilia. É a chamada a hipercoagulabilidade natural, que ocorre após o nascimento do bebê.

Principais riscos para as gestantes

A gestante portadora de trombofilia tem um maior risco de abortamentos precoces (antes da 13ª semana), habituais (quando acontece duas vezes ou mais) e tardios (entre a 13ª e a 20ª semana). Aumenta-se também a ocorrência de óbitos fetais, partos prematuros e pré-eclâmpsia.

Isso torna ainda mais importante o diagnóstico e o tratamento o mais cedo possível. “É imprescindível que o ginecologista que auxilia a gestante conheça o histórico pessoal e familiar da paciente e faça um acompanhamento mais detalhado”, reforça.

Deve ser observado se há neste histórico familiar algum quadro de trombose, de aborto espontâneo ou algum caso de natimorto. Também são agravantes casos de pré-eclâmpsia, história de descolamento prematuro de placenta e parente de primeiro grau com mutações no sangue.

Como detectar a trombofilia

Na grande maioria das vezes, a trombofilia é assintomática, podendo ser diagnosticada somente após a ocorrência de aborto, óbito fetal ou outro transtorno na gestação. Como se trata de um aumento do sistema de coagulação, um dos sintomas mais comuns na pessoa portadora, gestante ou não, é a ocorrência de tromboses, principalmente nos membros inferiores.

O diagnóstico para confirmação é realizado por meio de exames laboratoriais sanguíneos (pesquisa de anticorpos antifosfolípides IgG, IgM e IgA, anticorpos cardiolipinas IgG, IgM e IgA, anticoagulante lúpico, fator de Leiden V, pesquisa de deficiências genéticas ligadas à coagulação, entre outros). 

A partir da descoberta da doença é essencial o acompanhamento de um especialista. “A trombofilia não tem cura. Dependendo do tipo, podemos apenas observar ou fazer tratamento com anticoagulantes”, explica o ginecologista.

Tratamento

Para tratar a trombofilia as opções que se encontram disponíveis são por meio de medicamentos, com o uso de anticoagulantes que vão desde o AAS infantil (ácido acetilsalicílico) até uso de anticoagulantes injetáveis subcutâneos. Isso se aplica principalmente na gestação. 

“Os anticoagulantes podem ser indicados dependendo do caso, apenas no início, até o terceiro mês, ou durante toda a gestação, sendo mantido por até 40 dias após o parto, pois o sistema de hipercoagulabilidade da gestação persiste até esse momento”, destaca o Dr. Floresti Junior.

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